Cremilda da Silva Siqueira, de 49 anos, moradora da Rua Antônio Francisco da Silva, no Vila Rica, está muito preocupada com a situação de sua casa que foi interditada por algumas vezes pela Defesa Civil. Ela possui vários laudos e ainda assim continua morando na residência porque não tem condições de arcar com o custo do aluguel.
A mulher disse ter participado do Programa de recadastramento para Famílias que sofreram com desastres naturais em Petrópolis entre os anos de 2006 e 2013. Ela esteve no início do mês de novembro na Praça D. Pedro, no teatro que foi um dos pontos de atendimento do Programa, mas foi orientada a voltar no mês de maio de 2019. “Só pegaram o cartão da bolsa família e falou [se referindo a atendente] que ela tem que volta lá antes de maio! E só isso!”, disse Cremilda sobre a orientação recebida.
Em nota, a Prefeitura informa, através de sua Assessoria de Comunicação, que Cremilda foi inserida no sistema da Secretaria de Assistência Social para ser beneficiada com uma das residências que ainda serão construídas. “A moradora Cremilda da Silva Siqueira efetuou – em dezembro do ano passado – o cadastramento no programa habitacional do município voltado para as pessoas, vítimas de desastres das chuvas, que perderam ou tiveram suas casas interditadas. Com o cadastramento ela foi inserida no sistema da Secretaria Assistência Social para ser beneficiada com uma das unidades habitacionais que serão construídas no município”, diz a nota enviada pela Prefeitura.

Cremilda mora com sua filha e uma neta de 5 anos de idade. A casa apresenta rachaduras e sempre que chove a família fica desesperada. Apesar de eles ficarem atentos a qualquer barulho ou sinal de barreiras ou queda, a preocupação é constante.
Ela falou também que não recebe o Aluguel Social porque a casa ainda não caiu. Esta foi a informação que passaram para ela quando foi feita a vistoria no imóvel pela Defesa Civil. A mesma informação foi passada para sua tia quando passava pela mesma situação tempos atrás. No caso da sua tia o imóvel desabou e ela passou a receber o Aluguel Social.
Sobre o Aluguel Social, a Prefeitura informou que a fará contato com a moradora para tomar providências, já que a interdição do imóvel aconteceu na gestão passada. “Sobre o recebimento do Aluguel Social, uma vez que a interdição do imóvel ocorreu em gestões anteriores, a equipe da Assistência Social entrará em contato com a moradora para verificar o caso e adotar as providências cabíveis”, conclui a Assessoria de Comunicação da Prefeitura.