Por Gabriel Barbosa
O viagra, remédio utilizado para a prevenção da impotência sexual, possui chances de combater uma das principais causas de demência em todo o planeta. Por mais curioso que possa parecer, uma pesquisa divulgada na segunda-feira (6) pela “Nature Aging”, classificou que o remédio pode possivelmente ser utilizado no tratamento da doença.
O estudo que foi realizado nos Estados Unidos pela clínica Cleverland, analisou dados sobre o consumo do sildenafil, substância presente na composição do Viagra. Os resultados mostram que o uso do remédio da Pfizer está ligado a uma redução de 69% na incidência do Alzheimer depois de um acompanhamento de 6 anos.
Apesar dos números promissores, os cientistas pediram calma e paciência aos médicos e portadores do mundo todo, visto que o estudo não foi feito com voluntários, e sim com uma análise da população que usa o viagra. A pesquisa ainda utilizou um sistema computacional para simular os mecanismos bioquímicos por trás do Alzheimer.
“Baseados nessas análises farmacoepidemiológicas retrospectivas de caso-controle com pedidos de reembolso de seguros de saúde para 7,23 milhões de indivíduos, nós descobrimos que o uso do sildenafil era signficativamente associado com uma redução de 69% na doença de Alzheimer”, diz um trecho do estudo.
“Este artigo é um exemplo de uma crescente área de pesquisa da medicina de precisão, em que o big data é a chave para conectar pontos entre medicamentos existentes e doenças complexas como o Alzheimer”, disse Jean Yuan, membro do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, responsável pelo financiamento da análise.
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