A brasileira Andressa Ojeda, de 22 anos, estudante de engenharia aeroespacial na Flórida, faz parte de um grupo de sua universidade, que está desenvolvendo um projeto para enviar uma câmera e wi-fi para a Lua. Nascida em Loanda no Paraná, ela é a primeira brasileira na história a fazer curso avançado de astronauta nos EUA.
“Essa câmera vai ser enviada para a Lua e vai tirar foto da nave antes dela pousar. Também vai ser a primeira vez que eles vão usar wi-fi na Lua, para enviar dados e essas coisas. Eu estou muito feliz e empolgada de estar fazendo parte desse projeto”, comenta a jovem.
Além de ser a primeira brasileira a realizar o curso avançado de astronauta, Andressa também foi a primeira mulher representante do Brasil a estagiar no CERN, o maior laboratório de física do mundo, conhecido por abrigar o maior acelerador de partículas do planeta. A jovem passou sete meses no centro europeu de pesquisa, na Suíça, onde teve a oportunidade de conhecer e trabalhar com os maiores cientistas do mundo.
“O céu é só o começo”, comenta a jovem em relação ao seu pioneirismo.
Inspiração
A estudante conta que o pai, Paulo Ojeda, foi um dos principais incentivadores do sonho dela de seguir a carreira de astronauta. “Quando eu falei para o meu pai: ‘Olha, eu quero ser astronauta’, eu não esperava o suporte que ele me deu. Ele falou: ‘Se é isso que você quer, a gente vai correr atrás junto e vai fazer acontecer'”, relembra.
Para Paulo, a prioridade sempre foi incentivar o sonho da filha. “Quando ela veio para mim e falou que queria ser astronauta eu falei: ‘Legal, vamos ver o que precisa’. Partiu muito da confiança de pai e filho, de entender que esse sonho era real para ela e que não era brincadeira”, conta.
O pai relata que a filha serve de inspiração e relembra orgulhoso que a jovem foi convidada pela Agência Espacial Brasileira (AEB) a participar da conferência “Space For Women”, da Organização das Nações Unidas (ONU), em Dubai. O projeto incentiva e apoia a participação de mulheres nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática em todo o mundo.
O pai, viu na filha o incentivo que faltava para voltar a estudar. Formado em Administração, Paulo agora é também estudante de Engenharia. “Eu comecei a ficar muito curioso e voltei a estudar. Tem três meses que estou fazendo o curso. É EAD (Ensino a Distância), mas estou bem empolgado com todas as possibilidades de abrir a cabeça com estudos novos”, comemora o pai.
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