Uma auditoria concluída em setembro pela Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que, entre 2017 e 2020, mais de R$ 5,2 bilhões em contas de luz foram pagos pelo consumidor brasileiro devido a uma série de erros técnicos cometidos pelo governo e a cúpula do setor elétrico.
O órgão mostra que RS 2,22 bilhões foram gastos com “frustração de energia” hidrelétrica, pois a capacidade usada como referência pelo governo para a abastecer o país, está “desatualizada”. O que significa que as usinas já não produzem tudo aquilo que dizem, sobrando para o cidadão cobrir a diferença.
A usina de Belo Monte foi outra que sofreu com “erro de cálculo”, pois a produção esperada para ela não se confirmou e foi preciso comprar energia de outras usinas no valor de mais de R$ 2,3 bilhões.
Cerca de R$ 693 milhões também foram pagos por causa do atraso em linhas de transmissão, fazendo com que usinas da Amazônia liberassem água sem produzir energia, por não ter como distribuir.
Há expectativa de que o Ministério de Minas e Energia (MME), de acordo com a auditoria da CGU, revise as garantias físicas das usinas até 2024, com efeitos em 2025. Assim, será permitido uma noção melhor do quanto as hidrelétricas podem produzir, evitando a compra de energia à custo extra do consumidor.
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