Entrevista com Pedro Henrique Santos Presidente da Petroliga e um dos principais nomes da frente azul é o entrevistado do portal GIRO

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Conhecido como Pedrinho, o dirigente esportivo, professor de educação física e advogado Pedro Henrique Santos, é um dos dirigentes mais jovens e destacados de Petrópolis, comandando o maior campeonato de FUT7 da cidade há alguns anos, a Petroliga, que é referência estadual em organização esportiva, ajudou na montagem do projeto Imperial FUT7, vencedor do último campeonato estadual da modalidade, que tem a participação dos quatro grandes clubes do estado.

Deste trabalho, saíram alguns jogadores e o técnico Marcelo Olímpio, o Biro, que comanda desde 2016 a equipe do Serrano, levando o time ao acesso e vice-campeonato da terceira divisão e posteriormente a campanha que fez o time permanecer na segundona do estado do Rio, Pedro juntamente a outras pessoas importantes como Eduardo Monsanto e Alex Arruda, ajudaram a montar a Frente Azul, que desde 2016 administra o futebol serranista, confira a entrevista, onde ele fala do seu histórico e projetos para este ano:

1) Como começou sua história e envolvimento com o projeto Petroliga? Existe segredo para se manter a tanto anos como referência técnica e competitiva na cidade?

O projeto da Petroliga começou com Alexandre Barros que na época de conclusão do seu curso de Educação Física fez seu TCC com um torneio que levou o nome de UPFA. O torneio deu tão certo que no ano seguinte ele fundou a Petroliga com a filiação na Federação do Rio de Fut7 e Confederação Brasileira de Fut7.

No início eu jogava o torneio e ajudava o Alexandre com coisas que não envolvessem a parte de quadra, pois não acho ético quem organiza jogar.

Em 2010 ficou parado o projeto e em 2011 eu assumi tendo que recomeçar com apenas 9 equipes.

Graças a Deus com muito trabalho as coisas foram se estruturando até chegar ao que temos hoje em dia com 3 divisões e mais de 45 equipes.

O segredo para se manter tanto tempo com algo e fazer ele crescer é ter uma organização séria e sem privilegiar A ou B. Mostrar que todas as equipes tem a mesma importância e tem condições de se estruturarem para buscar os títulos e acessos. 

Não é fácil organizar campeonatos grandes, porém você fazendo as coisas da forma mais transparente possível traz novas equipes a cada ano sem ter que ficar chamando.

2) A Petroliga todos os anos possui fila de espera para jogar a Copa, realizada no primeiro semestre e para a Série Bronze ( equivalente a terceira divisão), como agregar tantos times que procuram inscrição na competição sem ser excludente ou fazer com que o nível técnico das competições não seja afetado de modo a desvalorizar os campeonatos?

Essa questão da fila de espera tem sido uma surpresa muito grata, sinal que cada vez mais equipes estão vendo o trabalho e se interessando em juntar o grupo de amigos para fazer parte.

Sobre o nível dos campeonatos, buscamos fechar sempre com um número de equipes que torne o modelo de disputa atrativo, infelizmente algumas equipes acabam ficando de fora, porém acabam se juntando com alguma que está na competição e isso contribui para elevar a competitividade.

3) Pedro, você teve a experiência de ser vice-presidente da Liga Petropolitana de Desportos, na gestão Hingo Hammes (PTB), atual superintendente de esportes do IMCE, sendo elogiada pelos dirigentes esportivos e outros envolvidos com o desporto local, conte sobre a experiência de tão jovem comandar um processo de renovação na mentalidade esportiva da cidade.

O convite para assumir a vice-presidência da LPD veio após uma sondagem informal do atual presidente Geraldo Barros que já conhecia meu trabalho na Petroliga e me apresentou ao Hingo Hammes que vinha candidato a reeleição com Gustavo Soares.

Aceitei o convite porque na minha vida sempre fui movido a desafios e esse seria mais um que me faria crescer na minha vida profissional.

Já no processo de eleição as coisas não foram fáceis com a chapa adversária tentando de todas as formas “tumultuar” as eleições, porém o processo que eles entraram não deu em nada, pois tudo sempre foi feito com a maior transparência possível.

Trabalhar com a organização de campeonatos de base já fazia parte da minha vida dentro da Petroliga, porém tive uma nova experiência tendo contato direto com os clubes da cidade. As coisas foram mais fáceis pois o trabalho já vinha sendo desenvolvido de forma correta no primeiro mandato de 2 anos, então foi só dar prosseguimento as coisas e entregar tudo encaminhado para a próxima gestão.

4) Da Petroliga, surgiu o Imperial Fut7, atual campeão estadual da categoria, de que forma os campeonatos ajudaram a formar elencos fortes para que hoje o time petropolitano figure nas maiores competições da modalidade no país como a Copa do Brasil e o Campeonato Nacional?

Verdade, o Imperial começou na Petroliga como Boca Torta e conseguiu a vaga no Metropolitano após ser vice-campeão da Série Ouro daquele ano. A equipe foi para o Metropolitano e conseguiu o título que lhe assegurou a vaga no Carioca de Fut7 1ª Divisão, com a oportunidade de jogar contra os melhores.

Um time de amigos que com o passar do ano foi se profissionalizando e agregando peças chaves para conseguir o Título da competição na temporada passada.

Fico muito feliz em ver a base com mais de 50% de jogadores de Petrópolis, incluindo o Gestor Alan Paschoal e o treinador Rodrigo Brito.


5) Em 2016, você foi convidado a participar do projeto Frente Azul, que reativou e fortaleceu o futebol profissional do Serrano, que conseguiu o acesso da terceira para a segunda divisão carioca, onde se manteve com sua campanha no ano passado, qual 

foi o momento mais difícil e o de maior alegria como dirigente serranista?

Em 2016 quando vi que teria um novo projeto no Serrano e com meu amigo Alex Arruda à frente, entrei em contato com o mesmo me colocando a disposição para poder ajudar com o que fosse, pois tenho um carinho enorme pelo Serrano e tinha chegado a hora da cidade dar um passo adiante na questão do futebol profissional.

Um novo desafio na minha vida, pois muitos acham que é mole fazer futebol profissional, porém se você não fizer as coisas de maneira ética e profissional, nada anda.

O momento mais difícil que tivemos em 2016 foi a regularização do Deni Gaúcho, que acabou ficando de fora do 1º Turno todo por causa da transferência internacional. Inscrição essa que foi solucionada após muito esforço no último dia. O momento mais feliz nesse mesmo ano foi sem dúvidas a coquista do vice campeonato que credenciou a equipe a jogar a Série B do ano passado.

Em 2017 o momento mais delicado foi o 1º Turno em que as coisas não se encaixaram e acabamos na zona de rebaixamento o turno, porém nada que abatesse o grupo de trabalho que deu a volta por cima e conseguiu se manter na Série B e quase se classificar para a fase final no 2º Turno.

6) Em 2018, os torcedores do Leão da Serra podem esperar um time mais forte do que o da temporada anterior, que passou sérias dificuldades no primeiro turno e chegou a brigar pelo acesso na segunda parte do campeonato?

Em 2018 tudo vai depender de como as empresas vão abraçar o trabalho, que nesses dois anos já mostrou sua seriedade e comprometimento, para elevar o nome da cidade de Petrópolis no cenário Carioca e quem sabe mais a frente até nacional.

Sem dinheiro em caixa é muito difícil trazer jogadores mais rodados como foi o caso do Zé, Marcelo e Roberto Lopes, que são fundamentais para agregar aos jovens talentos que temos na equipe e tem um potencial de crescimento enorme.

O que posso falar é que trabalho não faltará para buscarmos coisas maiores nessa temporada.


7) Você defendeu o Serrano nas divisões de base por alguns anos, naquele período havia algum jogador do elenco profissional no qual sua geração se espelhava para alcançar a idolatria entre os torcedores da cidade?

Quando era pequeno sempre gostei de futebol, então meu pai me levou para a escolinha do Serrano que era no society de terra. Logo no primeiro treino, Pelé me fez o convite para integrar o time que disputava o campeonato da LPD e nem cheguei a ficar na escolinha.

Foram mais de 6 anos vestindo a camisa Azul do Serrano com títulos coletivos e dois títulos individuais do Troféu Drible do Jornal Diário de Petrópolis. Quando resolvi fazer duas faculdades ao mesmo tempo, optei pelo esporte apenas como lazer e a parte de competição ficou para fora do campo.

Na época que jogávamos acompanhamos de perto o time que conseguiu o título no ano de 1999, com Alex Arruda (atual gestor) e Sapinho.

 

8) Outras organizações como Coloral Sports e LFL Sports, fazem campeonatos, com calendários que em algum momento, concorrem com as competições da Petroliga, é possível montar campeonatos de forma a agradar as agremiações que desejam jogar em mais de uma liga sem criar conflitos com os times e outros organizadores?

A cidade tem um público muito grande, então normal que tenha mais de uma organização de campeonatos. Cada ano em um bairro surge uma. Você tem que ter seu calendário e seguir sua metodologia de trabalho que as coisas vão andar. 

Não queremos equipes exclusivas, mas equipes que acreditem em seu trabalho e tenham prazer em jogar as suas competições e não façam isso só porque prometem dinheiro no final.

É normal de um ano para o outras equipes saírem e no lugar delas tem entrado as vezes o dobro, então é fazer o seu sem ter que copiar ninguém e sempre inovar com algo.

9) A Petroliga há algumas temporadas utiliza a quadra do antigo Colégio São José, que ano passado teve seu prédio cedido ao PH e este ano ao Sistema Elite, que por falta de alunos não abrirá o colégio, como esses problemas afetam a continuidade na quadra que fica em local privilegiado no Centro Histórico e como está a relação com os proprietários do complexo?

Essa troca de escolas não afeta em nada o contrato que temos com os proprietários do prédio. Em 2016 já firmamos uma parceria também com o Esporte Verde que também tem uma quadra com tamanho oficial de Fut7 e é uma quadra coberta e com uma megaestrutura.

Ficamos tristes com um prédio daquele parado nesse ano, porém não afetará em nada nossas competições realizadas lá (Copa Petroliga, Séries Ouro e Prata).

 

10) Fale da parceria recente com o Esporte Verde, um espaço com ótima avaliação entre peladeiros e organizadores de eventos esportivos na cidade.

Como havia dito na pergunta anterior, essa parceria fez com que a Petroliga crescesse muito, pois o Esporte Verde é a melhor estrutura da cidade, com estacionamento amplo e na porta da quadra, espaço para festas, 3 churrasqueiras, tudo que um peladeiro quer para disputar seu campeonato com maior conforto e organização.

11) Como botafoguense, quais são suas perspectivas para a atual temporada? O elenco montado pelo técnico Felipe Conceição é confiável?

Complicado falar de Botafogo esse ano, pois a expectativa criada na temporada passada foi enorme e acabou não sendo coroada com títulos.

Como torcedor seguirei fazendo a minha parte, com o plano de Sócio já renovado e indo nas partidas em que não caírem junto com o trabalho.

Espero que esse jovem elenco tenha fôlego para jogar bem o ano todo e não apenas no primeiro semestre como na temporada passada.

Estamos na torcida.

12) Qual recado você deixa aos leitores do portal GIRO? 

 

A todos que acompanham o Portal Giro, agradeço a interação sempre que temos reportagens nossas postadas e fiquem ligados que esse ano não vai faltar trabalho e eventos para participação de todos os públicos.

Forte abraço!!!

(imagem retirada do Facebook)

 

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