Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), agência de saúde pública dos Estados Unidos, a chance do contato de uma pessoa com uma superfície contaminada pelo coronavírus resultar em uma infecção é menor que 1 em 10 mil.
O órgão atualizou neste mês as informações sobre transmissão do coronavírus por superfícies e reconheceu que o risco é baixo, uma constatação que alguns pesquisadores apontam desde o ano passado.
Segundo o CDC, o risco relativo de transmissão do SARS-CoV-2 por superfície “é considerado baixo em comparação com contato direto, transmissão por gotículas ou transmissão aérea”.
O risco de contágio pelo ar varia muito, dependendo de fatores como quantidade de pessoas, ventilação, tempo de exposição e uso de máscaras adequadas.
A atualização da agência dos EUA é o episódio mais recente do debate sobre o grau de importância dado à higienização de superfícies durante a pandemia, em comparação com outras medidas preventivas.
Em 2020, o hábito de lavar as embalagens logo depois de fazer as compras no mercado se popularizou. A orientação de limpeza dos produtos reflete a tentativa de evitar a contaminação quando alguém toca uma área ou objeto contaminados e depois leva a mão ao rosto. No entanto, conforme os cientistas foram conhecendo o comportamento do vírus, começaram a alertar sobre o que consideravam um foco exagerado na transmissão por superfície contaminada, enquanto os cuidados com transmissão pelo ar ficavam em segundo plano.
No Brasil, a página do Ministério da Saúde, atualizada em abril de 2021, menciona, sem entrar em muitos detalhes, que o coronavírus “é transmitido principalmente por três modos: contato, gotículas ou por aerossol”.
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