O Dia da Mulher Militar é celebrado anualmente no dia 30 de maio. A data faz alusão às mulheres militares que, ao longo dos tempos, obtiveram notoriedade em áreas até então dominadas por homens. Sendo elas engenheiras, instrutoras, mecânicas, além de integrar missões.
Atualmente, a Força Aérea Brasileira conta com mais de 13 mil mulheres em organizações militares de todo o país. Desde a inserção de mulheres no Exército, em 1992, o efetivo de mulher vem crescendo, e elas passaram a assumir cada vez mais funções dentro da Instituição. Hoje, elas são paraquedistas, instrutoras, engenheiras, especialistas em logística, material bélico, saúde e diversas outras áreas.
A primeira participação de uma mulher em um combate militar aconteceu em 1823, quando Maria Quitéria de Jesus lutou pela Independência do Brasil. Quitéria ficou conhecida como a primeira mulher a assentar praça de uma unidade militar. Apesar disso, as mulheres só puderam ingressar no Exército Brasileiro em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial.
Mulheres na Segunda Guerra Mundial
Para a Segunda Guerra, foram enviadas 73 enfermeiras, 67 hospitalares e seis especialistas em transporte aéreo. Elas serviram em quatro hospitais do exército norte-americano. Todas se voluntariaram para a missão e foram as primeiras mulheres a ingressar no serviço ativo das Forças Armadas Brasileiras (FAB). Após a Guerra, assim como o restante da Força Expedicionária Brasileira (FEB), as enfermeiras, em sua maioria, foram condecoradas, ganharam a patente e licenciadas do serviço ativo militar.
Em 1992, a Escola de Administração do Exército (Salvador – BA) matriculou a primeira turma de 49 mulheres, mediante a realização de concurso público. E, em 1996, Maria Quitéria de Jesus, a Paladina de Independência, foi reconhecida, nas fileiras do Exército, como Patrono do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.

O envolvimento de Santa Joana d’Arc com a Guerra
Joana d’Arc foi uma camponesa que teve participação relevante na Guerra dos Cem Anos, liderando as tropas de Carlos VII em conquistas importantes. Capturada pelos ingleses, foi julgada e condenada à morte na fogueira por bruxaria, sendo executada aos 19 anos de idade. No século XX, teve sua imagem reabilitada e hoje é um dos grandes nomes da história francesa.
Joana d’Arc se relacionou com a Guerra da Inglaterra. O conflito trazia destruição para a terra; a terra destruída produzia menos; uma produção reduzida causava fome, e a fome enfraquecia uma população paupérrima, trazendo-lhe doenças.
A mulher alegava ter visões e ouvir vozes do Arcanjo Miguel, de Santa Catarina de Alexandria e de Santa Margarida de Antioquia. Com estas aparições sobrenaturais, ela foi orientada a tomar parte na Guerra, com o objetivo de expulsá-los da França, garantindo a coroação de Carlos VII, Rei da França.
Segundo Joana, as aparições aconteciam desde seus 13 anos, e quando tinha 16, ela decidiu tomar parte na Guerra. Assim, ela pediu para ser levada para Vaucouleurs, local onde existia uma guarnição francesa.
O comandante se negou a dar ouvidos a Joana d’Arc, mas a camponesa conseguiu convencer a população local de seu propósito e logo muitos exigiam que Baudricourt fizesse o que Joana d’Arc pedia. Assim, ele fez e então Joana d’Arc se preparou para encontrar o Rei Francês. Ela conseguiu uma reunião privada com Carlos VII, mas como ela obteve isso é um mistério.
Outro mistério que envolve o encontro de Joana d’Arc com o Rei Francês foi como ela conseguiu convencer Carlos VII a dar tudo de que ela precisava: homens, armas, armaduras e o comando das tropas. Assim, Joana d’Arc participou ativamente da Guerra dos Cem Anos, mas entre os historiadores existe certa polêmica acerca do grau de envolvimento dela.
Em 1430, Joana d’Arc foi capturada por borguinhões. Ela foi vendida para os ingleses e permaneceu presa, para ser levada para julgamento. Os ingleses queriam tirar a credibilidade da francesa, para que a coroação de Carlos VII, sem validade. A Santa Inquisição foi utilizada para julgá-la.

O julgamento da francesa se entendeu durante quatro semanas e dezenas de acusações se acumularam. Ao final, o fato de usar roupas masculinas e a alegação de que ouvia vozes se tornaram os fatores para a sua condenação. Em virtude da acusação de bruxaria (as vozes que ela ouvia foram tidas como vozes emitidas pelo demônio), Joana d’Arc foi condenada à morte na fogueira.
A execução aconteceu no dia 30 de maio de 1431, em praça pública, na cidade de Rouen. Conta-se que no dia ela recebeu o sacramento da Eucaristia, foi vestida de branco e levada para a sua execução. Joana d’Arc foi queimada viva, e os relatos contam que ela gritava por Jesus. Na ocasião, ela tinha 19 anos.
Beatificação de Joana d’Arc
O Rei Carlos VII não interveio no processo de Joana d’Arc, e não tentou salvá-la do destino que teve. Entretanto, depois de seu falecimento, procurou atuar para que ela tivesse o seu processo anulado, pois ter a sua imagem ligada com a de uma mulher condenada por bruxaria não era bom para seu reinado. Assim, ele obteve do papa Calisto III a anulação da condenação de Joana d’Arc.
A reabilitação da imagem de Joana d’Arc se completou no século XX, quando ela foi beatificada e canonizada. Sua beatificação aconteceu em 1909, e a canonização foi realizada pelo papa Bento XV, em 1920. Esse acontecimento foi parte de um esforço da Igreja Católica de reatar laços com a França, país que foi extremamente secularizado a partir da Revolução Francesa.

Atualmente, a Santa Joana d’Arc é considerada padroeira nacional da França e possui uma data comemorativa só para ela, celebrada em 30 de maio.
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