Os brasileiros que fumam, utilizam cerca de 8% da renda familiar per capital, de maneira mensal, para a compra de cigarros industrializados. Na faixa etária de fumantes de 15 a 24 anos, o gasto mensal chega a quase 10% da renda e na parte da população sem ensino fundamental completo, que utilizam o tabaco, gastam cerca de 11% da renda. Estes dados fazem parte da pesquisa Instituo Nacional do Câncer (INCA), que vai ser apresentada ainda nesta quarta-feira (31).
O lançamento da campanha da Organização Mundial da Saúde (OMS), intitulada de “Precisamos de comida, não de tabaco”, vai ser realizado na sede da instituição do INCA, no Rio de Janeiro. Vale destacar que esta pesquisa foi feita com base em dados da Pesquisa Nacional da Saúde (PNS), em 2019.
O Dia Mundial Sem Tabaco – 31 de maio – foi criado no ano de 1987 OMS com o objetivo de reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabagismo. No Brasil, o INCA é o responsável pela divulgação e elaboração do material técnico para subsidiar as “comemorações” em níveis federal, estadual e municipal.
Indústria do tabaco mata 8 milhões de pessoas por ano
A indústria do tabaco, em todos os anos, custa mais de 8 milhões de vidas, 600 mil árvores, 200 mil hectares de terra, 22 bilhões de toneladas de água e 84 toneladas de dióxido de carbono (CO2).
Nesta segunda-feira (30), véspera do Dia Mundial Sem Tabaco, a OMS divulgou estes dados que são extremamente preocupantes. A organização destacou até que ponto o tabaco prejudica tanto o meio ambiente quanto a saúde das pessoas. Isso acontece porque a OMS está pedindo medidas para responsabilizar as indústrias pelos danos causados no mundo inteiro.
Além disso, a OMS reforçou que a maior parte do tabaco produzido no mundo, é cultivado em países de baixa e média renda, locais onde as águas usadas para agricultura são essenciais na produção dos alimentos. Desse modo, regiões de produção de alimentos, estão sendo usadas para cultivar as folhas de tabaco.
O ex-fumante, Luiz Carlos dos Santos, conta que por conta de algumas complicações da bariátrica ficou internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), e na época em que realizou a operação não fazia mais o uso do tabaco. De acordo com ele, em razão das complicações teve uma parada cardiorrespiratória e seu médico afirmou que se ainda fosse fumante, não sobreviveria a situação.
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