O sargento do Corpo de Bombeiros Paulo César de Souza Albuquerque foi condenado a 12 anos de prisão por atirar em um atendente da lanchonete McDonald’s em maio de 2022. A decisão do 4º Tribunal do Júri do Rio, também determina que o militar indenize a vítima em R$ 100 mil por danos morais.
Segundo as investigações, o bombeiro atirou contra o atendente após uma discussão motivada por um cupom de desconto de R$ 4. O crime aconteceu numa unidade do McDonald’s da Taquara, na Zona Oeste do Rio.
Na sentença, o juiz destaca que a vítima precisa tomar remédios para dormir, além de ter perdido um rim e parte do intestino. A vítima também afirmou, em juízo, que precisa realizar fisioterapia em decorrência da lesão provocada na coluna. Após o crime, o atendente foi aposentado por invalidez, e sua mãe precisou largar o trabalho para cuidar dele, fatos que diminuíram a renda da família.
“Um jovem de então 21 (vinte e um) anos que estava trabalhando com atendente no período da noite. A fala da vítima é compatível com a prova técnica, tanto que o laudo de exame de fls. 1387/1390 atestou debilidade permanente nas funções renal e digestória, além de deformidade permanente. São consequências gravíssimas e sérias”, disse o magistrado.
Além disso, a vítima juntava dinheiro para a faculdade de veterinária, não vai poder mais realizar o curso, já que precisou parar sua vida devido ao tratamento.
Relembre o caso
Segundo testemunhas, a briga foi devido a um cupom de desconto de R$ 4. Imagens de câmeras de segurança mostram o bombeiro e o atendente conversando inicialmente. A vítima, dentro da loja, fala com o bombeiro que está do outro lado da janela. De repente, Paulo César abre o que parece ser uma porta e, passa o braço pela janela e dá um tapa no atendente, que revida. O bombeiro então dá a volta e entra na loja, com a arma na mão, como mostra a câmera. O vídeo mostra Mateus caindo no chão e sendo socorrido por colegas. Enquanto isso, o atirador sai caminhando calmamente ao lado de uma mulher e um homem que havia entrado atrás dele.
O bombeiro se apresentou na delegacia que investiga o caso. Na ocasião, o advogado dele, argumentou que as imagens não mostravam claramente o seu cliente atirando no atendente. Posteriormente, admitiu que o bombeiro atirou, mas alegou que o disparo foi “acidental”.
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