Morreu na noite de quinta-feira (25) a atriz Berta Zemel. Ela estava internada no Hospital Santa Catarina, em São Paulo, e não resistiu a uma broncopneumonia. Além de atriz, Berta ficou conhecida por dar aulas a atores e ajudá-los no aperfeiçoamento da profissão.
Berta começou a carreira na TV nos anos 1950, no Grande Teatro Tupi. Um de seus principais trabalhos na teledramaturgia foi na novela Vitória Bonelli (1972), em que interpretou a protagonista, mãe do personagem de Tony Ramos.
Ela ainda atuou em produções como As Gaivotas (Tupi, 1979), Jogo de Amor (SBT, 1985) e Malhação (Globo, 1997). Sua última participação numa novela foi em Água na Boca, da Band, em 2008.
No teatro, sob a direção de Alberto D’Aversa, recebeu o Prêmio Saci, em 1960, pela interpretação da filha muda da peça Mãe Coragem, de Brecht. Com O Milagre de Anne Sullivan, de Helen Keller, em 1967, recebeu o Prêmio Moliére. Por sua atuação em Anjo Duro, monólogo sobre Nise da Silveira que marcou seu retorno como atriz mais de duas décadas depois de uma ruptura radical, ela ganhou o APCA.
Filha de imigrantes poloneses que chegaram ao Brasil no final dos anos 1920, Bertha Zemelmacher nasceu no dia 6 de agosto de 1934. Adotou o nome mais curto, Berta Zemel, quando saiu da Escola de Arte Dramática em 1956 e foi trabalhar no Teatro Bela Vista com Sérgio Cardoso. Foi ele quem sugeriu que ela simplificasse seu nome.
Antes disso, Berta trabalhou em escritório, fez datilografia e contabilidade, como mandava o figurino na época – e era coisa comum na casa de famílias como a dela, com pouco dinheiro e problemas de saúde. Tinha 15 anos e precisava do salário, mas odiou a experiência.
O corpo de Berta foi enterrado na última sexta (26), num cemitério na zona sul de São Paulo, cidade onde ela nasceu.
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