Foto: Reprodução

Atentados terroristas na França deixam mortos, entre eles uma brasileira, e preocupam o país

A escalada de tensões em países de maioria mulçumana tem crescido após declarações do presidente Macron
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Por Guilherme Campbell

           Nesta quinta-feira (29), um homem atacou e matou três pessoas a facadas na igreja de Notre Dame de Nice, na França. Entre um dos mortos está a brasileira Simone Barreto Silva, de 44 anos. O homem identificado pela família como Brahim Aoussaoui, de 21 anos, que foi baleado e se encontra em estado grave havia chegado à Europa através de um barco de migrantes com destino a ilha italiana de Lampedusa, em 20 de setembro, e que chegou na França no início de outubro.

            O governo brasileiro através do Itamaraty se manifestou em repúdio ao acontecimento e afirmou estar prestando assistência consular a família da vítima: “O Brasil expressa seu firme repúdio a toda e qualquer forma de terrorismo, independentemente de sua motivação, e reafirma seu compromisso de trabalhar no combate e erradicação desse flagelo, assim como em favor da liberdade de expressão e da liberdade religiosa em todo o mundo” .

            No mesmo dia outros dois ataques aumentaram o nível vigilância, um homem de origem Afegã foi preso ao tentar entrar armado com uma faca em um bonde na cidade de Lyon e outro foi morto pela polícia após ameaçar pessoas com uma arma em Avignon, sul da França. Há duas semanas, um professor foi decapitado por um homem armado com uma faca aos arredores Paris, a impressa francesa afirmou que o professor tinha mostrado aos alunos caricaturas do profeta Maomé publicadas pelo jornal satírico Charlie Hebdo.

            As origens da indignação em partes do mundo muçulmano mediante a postura do presidente francês em relação ao Islã surgem de um discurso que ele proferiu no início deste mês, antes da decapitação do professor Samuel Paty. Em sua fala Macron traçou um plano de combate ao “separatismo islâmico”, que segundo ele estaria levando ao extremismo e ao terrorismo “O Islã é uma religião que vive uma crise hoje, em todo o mundo”, disse ele em seu discurso, citando as tensões entre o fundamentalismo, projetos religiosos próprios e políticos.

                Após o assassinato brutal de Samuel Paty, Emmanuel Macron defendeu a liberdade de expressão: “Não vamos abrir mão das caricaturas e desenhos, mesmo que os outros se afastem”, apelando ao fim do ódio e da violência e ao respeito pelos outros. Em uma mensagem postada em seu Twitter na quinta-feira (29), Macron disse que a França “não cederá a nenhum tipo de terror”.

            A questão sobre o papel do Islã na França deve ter forte destaque na campanha para as eleições presidenciais francesas de 2022, onde se espera que a direita política – e especialmente a extrema direita, destaque os atuais acontecimentos.

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