O Maracanã um dos maiores e mais marcantes estádios da história do futebol brasileiro e mundial, completa 73 anos de sua inauguração nesta sexta-feira (16). Inaugurado em 1950, para realização da Copa do Mundo, o estádio se tornou emblema mundial no futebol.
História do estádio
A história do Estádio Maracanã começa em 1938, quando o presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jules Rimet, visitou o Rio de Janeiro e aceitou a candidatura brasileira para sediar a Copa do Mundo de 1950. Como sede do quarto campeonato mundial de futebol, o primeiro depois do fim da II Guerra Mundial, o Brasil necessitava de um grande estádio.
No dia 2 de agosto de 1948, houve o lançamento da pedra fundamental e o início da construção do estádio que viria a ser o maior do mundo. A obra levou quase dois anos para ser concluída e estima-se que o seu custo foi de 250 milhões de cruzeiros.
O estádio foi construído na região da Tijuca, ao lado do Rio Maracanã, no Rio de Janeiro. Na época, ainda não existia o bairro Maracanã, que só foi criado em 1981.
Construção
A ideia de construir o novo estádio no terreno do antigo Derby Club veio do prefeito do Rio de Janeiro, à época, Mendes de Moraes. A escolha foi contestada pelo então vereador Carlos Lacerda, que queria a construção em Jacarepaguá.
Na época, o Jornal dos Esportes, comandado pelo jornalista Mário Filho, publicou diversos conteúdos de apoio à construção do estádio na Tijuca. O jornal também realizou uma pesquisa popular, que teve como resultado a preferência pela mesma região.
As obras começaram em 1948. A arquitetura do estádio mostrava uma estrutura oval com a impressionante capacidade para receber cerca de 200 mil pessoas. O estádio tinha 32 metros de altura, e os seus eixos eram de 317 metros e 279 metros.
No dia 16 de junho de 1950, o estádio foi inaugurado carregando a nomenclatura de Estádio Mendes de Moraes ou Estádio Municipal do Derby. A primeira partida ocorreu no dia seguinte entre a Seleção do Rio de Janeiro e a Seleção de São Paulo, sendo o primeiro gol do estádio marcado pelo meio-campista Didi, para os cariocas, mas a equipe de São Paulo virou o jogo, que terminou em 3 a 1 para os visitantes.
Copa do Mundo de 1950
O Brasil era o favorito para levantar a taça de campeão mundial de futebol. Um mês depois da inauguração do maior estádio do mundo, no dia 16 de julho, o Maracanã viveu um dos dias que não seriam mais esquecidos na sua história. A final entre Brasil e Uruguai fez os 199.854 torcedores presentes ficarem em silêncio. O maior público do estádio até hoje calou-se ao ver o Brasil ser derrotado pelos visitantes por 2 a 1. O episódio ficou conhecido como Maracanazo. Em espanhol, o sufixo “azo” é usado para significar algo grandioso.

Mudança de nome
Mesmo com a Seleção Brasileira amargando a derrota para o Uruguai na Copa de 1950, o tempo passou, jogos importantes foram sendo realizados no Maracanã e grandes nomes do futebol nacional brilharam nos gramados do estádio, como Garrincha, Pelé, Zico e Romário, mas um nome importante para a história do estádio nunca deixou de ser lembrado: o de Mário Filho.
O jornalista esportivo era considerado um dos mais influentes do país e lutou muito para apoiar a ideia da construção do Maracanã no local onde era o antigo Derby. Ele amava o estádio por reunir todas as classes sociais para a apreciação do futebol. Por isso, depois de sua morte e em sua homenagem, o Maracanã recebeu o nome oficial de Estádio Jornalista Mário Filho.
Mário faleceu em 1966, aos 58 anos, vítima de um ataque cardíaco. Seu irmão, o conhecido cronista Nelson Rodrigues, homenageou-o com o epíteto “o criador de multidões”, pela influência que ele teve na popularização do futebol no país.

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