Por Hugo Petersen
O preparador físico Sebastian Avellino Vargas do Universitário, time peruano adversário do Corinthians na Copa Sul-Americana, foi detido após o jogo contra os brasileiros, acusado de realizar gestos racistas contra a torcida do Timão. Na madrugada, ele teve prisão em flagrante decretada pela Polícia Civil de São Paulo.
O profissional do time peruano é acusado também de chamar os torcedores de macaco. O episódio foi flagrado por torcedores, na reta final do segundo tempo da partida. Em depoimento, ele negou ter praticado atos racistas.
Sebastian Avellino Vargas foi levado pelos policiais militares até a delegacia do estádio para depoimento, assim como alguns torcedores do Corinthians, na condição de testemunhas. Mais tarde, o preparador físico do time peruano foi transferido para o 65º DP, em Artur Alvim, zona leste da capital paulista, quando, após depoimentos, teve a prisão em flagrante decretada.
“Eu estava no setor 403 Oeste, em frente ao gramado. Na verdade foi um minuto antes de acabar o jogo, 30 segundos, dois minutos, eu não sei. Estava todo mundo comemorando. Ali estava um componente da comissão técnica deles. Ele treinou o primeiro tempo e o segundo tempo ali na frente da gente, foi super sadio, ninguém fez nada, super tranquilo. No final ele roi recolher umas peças que estavam no chão e na hora que ficou de frente para a torcida toda, ele fez o gesto de macaco. Foi isso que aconteceu. Ele não foi provocado, de forma alguma. Estava todo mundo festejando. É uma ofensa muito grande, um gesto que não se cabe mais nos dias de hoje.” Afirmou o empresário Cristian Lombardi, uma das testemunhas que prestou depoimento.
Vargas foi acompanhado na delegacia por Luis Armando Pacheco, Cônsul Geral do Peru em São Paulo, e por Jhianphier Lopez, Consul Adjunto do Peru em São Paulo. Em depoimento, ele negou ter imitado macaco e justificou que questionou alguns torcedores o motivo de terem cuspido nele ao término do jogo.
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